O grito



Berço do acúmulo de não-gritos
O grito foi gerado nesse lugar
“Ninguém poderia me dá ouvidos?”
Uma louca vontade de gritar


O grito todo dia era alimentado
Comida gelada era o problema
Que grito é esse amedrontado?
Submergido em um dilema

O grito se matriculou na escola
Colégio da sociedade do bem
Lá gritaria tinha hora
Tinha muita moral também

Todos sabiam que o grito existia
Na mente-casa alguém bradava
Um dia ele se irritaria.
Mesmo assim ninguém se preocupava

O grito começou a perder a força
Devido a uma terrível escravidão
Mas ainda havia um grito vivo
Dentro de toda eufórica escuridão

O grito resolveu se vingar da vida
O grito andava amargurado
O grito de uma mulher ressentida
Foi desprezada por seu amado

O grito foi se fortalecendo
Comida mais forte para um gritão
E o alimento que esse grito foi comendo
A moça chamava-o de paixão

Depois de algum tempo sem brilho
O grito alcançou um lugar ao sol
O grito de novo se viu menino
O grito então ecoou no hall

Acabado o momento de glória
O astro-grito precisou partir
Se transformou numa onda sonora
Não precisava ficar por aqui

E lá além do horizonte
Longe do lar o grito rompeu
Subi no mais alto monte
Fique sabendo que o grito foi meu

1 comentários:

Pedro Junior disse...

As vzs tenho vontade de sabir gritando feito "louco" mas já dizia uma amiga minha "os louco são certos em uma sociedade errada". ótimo post mt lindo
Adorei a sua forma de escrever parabéns

Passa lá no meu blog depois
Abraços!!

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