Eu me imagino numa festa e alguém especial no meio da dança.
Eu imagino o Cristo e fico me perguntando se quando ele ia a uma festa ficava lá sentado, sentado...
Eu o imagino me perguntando no meio da festa sobre a minha trajetória, trajetória...
Eu imagino um casamento e fico me perguntando se ele estaria lá se sentindo a escória, escória.
Eu imagino o Cristo e penso se numa celebração ele estaria a margem, margem...
Eu o imagino sentado no meio da escória.
Na festa que era aquela trajetória, estaria o Cristo a margem?
Eu imagino o Cristo celebrando...
“Feliz boda a vocês!” a todos vocês...
Estaria ele de fora daquela celebração?
“Fora!” fora ...
Eu penso nele indo embora... “Embora eu vos ame preciso partir.”
Eu imagino o Cristo e penso se ele ficaria de canto os observando como eu faço...
“Eu olho por vós junto ao Pai.”
Eu imagino se ele sentiria a escória no meio da trajetória e se os anfitriões depois da sua partida estariam em paz.
“Deixo-vos a minha paz...”
Seria uma promessa fugaz?
“... não vo-la dou como o mundo a dá...”
Será que se ele estivesse na festa e eu, “de canto” o observando celebrar, não reconhecesse o Cristo poderia ser feliz?
Eu imagino uma festa onde os odres foram cheios de vinho e eu de canto o vendo passar.
8 comentários:
Cristo bonito.
É o único que é real e eu conheci.
Como será que foi a verdadeira "festa"
foi numa cruz
Enquanto estávamos lá – só observando – a vida acontecia sem nós.
Passando pra desejar um bom fim de semana e dizer que estou com saudades de seus poemas tão concretos, tão abstratos...
Rejane também sinto falta do meus poemas, mas não consigo escrever fora da minha cidade. Estou em Maceió e vim pra cá achando que o mar ia me ajudar a terminar meu livro, mas não consigo escrever uma linha sequer.
beijinho!
EXPLENDIDO ESTE MONOLAGO!, SOBRE A MULTIPLICAÇÃO DO VINHO.
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